sexta-feira, 8 de abril de 2011

surfando karmas

Cheguei num momento da minha vida que possivelmente tenha sido o mais esperado na minha infância. Quando eu era criança achava que fazer 17 anos era sinônimo de parar de sofer, não ter problemas; mal eu sabia que eles só estavam começando e que na verdade as minhas bonecas deveriam fazer parte da minha vida por mais tempo, mas eu queria parar de brincar com elas o quanto antes. Boba não é? Eu sempre cresci com a idéia de que iria mudar, e eu mudei fisicamente claro, mas não foi tão simples eu diria até impossível, eu continuo sendo aquela criança sonhadora que acredita que tudo vai ser melhor quando um dia crescer. E esse crescer demora tanto assim?
Ainda existe uma criança dentro de mim, a criança que segura o choro toda vez que ele ameaça escapar pelo canto dos olhos, a criança que antes chorava sem ao menos motivo ter. Por pirraça. Aprendi que segurar o choro da dor de cabeça, e sem me dar conta tudo aconteceu sem nada acontecer, o tempo tem tanta pressa e eu parei de crescer; um dia desses ouvi dizer que eu era imatura, sim, eu sou e não nego, ainda não sei lidar com sentimentos e com pessoas também não, cada vez eu entendo menos, cada vez eu me surpreendo mais. Com o nada. O nada que me preenche, o silencio que me ensina e anoite que me inspira, ah! a noite que faz realizar minhas ilusões em sonhos, ah se meus sonhos falassem! diria que você esta sempre com ele. Sonho bom, sonho bobo.
17 anos me fizeram perceber que é preciso abrir mão de muitas coisas, de sonhos bobos que falei ,de pessoas bobas que não sabem de nada, de crianças que não sabem ser crianças e machucam umas as outras, de gente que se acha grande e não sabe amar... Desculpa mas só não abro mão de uma coisa, de ser criança.

Beijos,
Adrielle.