Joguei fora toda insegurança junto com o medo de arriscar, pintei o
último fio de cabelo preto de loiro e fui por ai me aventurar em novas
histórias, novos romances, resolvi tratar o amor como um jogo aonde fiz a
promessa de dar sempre a última cartada, pois se tratando de amor esse meu
pobre coração já conhece bem suas armadilhas. E então o meu jogo começou, sair
por ai e beijar outras bocas sentindo-se livre era a melhor sensação para quem
viveu quase quatro anos sem poder se quer olhar para o lado. No meio do jogo
apareceu alguém que chamasse mais a atenção, veio devagar e intenso com suas
jogadas, então me dei conta que foi um erro ter deixado você entrar no jogo,
pois o seu objetivo era o mesmo que o meu com o seu olhar misterioso você só
queria flertar, jogar e abandonar tendo em mente a perfeita confiança do que
estava fazendo. Naquela noite eu sabia que seria arriscado apostar mas não
existia mais nada a perder, estaria mentindo dizendo que não foi inesquecível
jogar com você e tudo acabou terminando em empate aquela noite ficamos satisfeitos
porém com sede de sempre mais, não quis segunda rodada pois por dentro sentia
que estava caindo nos seus encantos de jogador e as palavras que se aproximavam
na minha mente era fim de jogo para você
querida. Minhas mãos soaram frio e meu corpo estremeceu. Droga! Tinha me
esquecido que nunca conseguia cumprir minhas promessas, então eu percebi que deletar
você na minha memória não seria possível o arquivo era muito recente, acabei
salvando todas as memórias daquela noite lá no fundo em uma pasta chamada abrir
somente quando estiver pronta quem sabe assim quando eu abrir tenha aprendido a jogar de verdade sem um
coração para sentir toda essa bagunça que você me deixou por aqui.
Texto: Isabel Vagon
Texto: Isabel Vagon
Nenhum comentário:
Postar um comentário